Denúncias
a respeito da possibilidade do uso indevido de recursos para cobertura de
gastos dos vereadores com diárias e viagens, fez o Ministério Público de Andirá,
sob o comando do Promotor de Justiça, João Paulo Rodrigues da Cruz, requisitar
à Câmara de Vereadores, para que num prazo de 10 dias, encaminhasse um
relatório a respeito de todas as despesas dos legisladores, nos últimos três
anos, além de informações sobre as formas de divulgação e prestação de contas.
De
acordo com o Presidente da Câmara, José Odair Bonacin (PV), a Casa de Leis
respondeu à promotoria esta semana, com um amplo material produzido e analisado
pelo contador e pelo jurídico da casa. “Estamos tranquilos. Não há
nenhuma irregularidade”. A respeito do teor da denúncia, ele destacou à FOLHA
que o motivo pode ser político. “ Essa pessoa que denunciou é suplente do cargo
de vereador. O vereador Sushi Aléx Rodrigues Shibata, do PT, é o único que não
viajou até agora. E ele foi denunciado na promotoria e na cidade, dizendo que
ele fez uso de diárias e passagens aéreas em duplicidade, pagas pela Câmara e
pela empresa a qual ele presta serviços. A Câmara respondeu que isso não
procede. O vereador vai interpelar este cidadão. Ele não só tentou denegrir a
imagem do vereador, como também da instituição”, enfatizou o chefe do
legislativo.
Bonacin
defendeu que os vereadores façam estes cursos para terem noção de como agir
corretamente nos processos de investigação e defesas dos interesses da
comunidade. “Principalmente os vereadores mais novos precisam destes cursos,
para terem mais informações sobre como são os tramites do legislativo, o papel
do vereador, saber mais sobre controle e fiscalização, sobre o tribunal de
contas, fundo de previdência e outros temas importantes”.
Já
o vereador Sushi, na última sessão da Câmara de Vereadores, dia14, aproveitou o
espaço disponibilizado para enaltecer seu descontentamento com relação ao caso.
“Estes cursos, capacitações, são importantes para qualificar os procedimentos
dos vereadores da casa, com informações e dados. Até o momento eu não precisei
ir a nenhum curso, pois na faculdade de direito eu já tive acesso a estas
informações. Quero registrar minha indignação de uma pessoa que foi vereador,
vice-prefeito, vive na igreja, usar meu nome desta forma, como se eu estivesse
praticando algo obscuro e ilegal”. O discurso do vereador ecoou aos demais da
casa, que manifestaram repúdio. (Redação Folha de Andirá)
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