Garrido viaja, Santinho se licencia e Chiquinho será prefeito

Na sessão ordinária realizada segunda-feira, 7, na Câmara dos Vereadores de Santo Antônio da Platina, os parlamentares já admitiam a possibilidade de o colega Francisco Faustino de Proença Júnior (PPS), o Chiquinho Net, assumir a chefia do Executivo por pelo menos 15 dias, prazo estimado em que o prefeito em exercício, Jorge Garrido (PMDB) se ausentará para participar de um congresso de medicina no exterior. A reportagem tentou inúmeros contatos com o prefeito - que é médico cardiologista - , mas ele não atendeu nem retornou as ligações.
Com o afastamento do prefeito Pedro Claro de Oliveira Neto (DEM) para tratamento de um problema cardíaco que pode resultar até em cirurgia, o vice-prefeito, Garrido, assumiu o Executivo no dia 20 de setembro com a previsão de ficar pelo menos 60 dias no comando da prefeitura.
Na ausência de Garrido, quem deveria assumir a prefeitura seria o presidente da Câmara, Sebastião Vitral dos Santos Furtado (PMDB), o Santinho, mas como ele também se ausentará para realizar uma cirurgia no nervo ciático, o cargo será ocupado pelo vice-presidente da Casa.
O principal desafio de Chiquinho à frente do Executivo será contornar a crise envolvendo parte do funcionalismo público municipal que reivindica a redução da carga horária de oito para seis horas diárias. São aproximadamente 150 servidores insatisfeitos com os vencimentos salariais.
Como a prefeitura não pode conceder gratificações porque estourou o limite prudencial estabelecido pelo Tribunal de Contas (TC) que é de 51,30% da arrecadação gasto com folha salarial, eles exigem a redução da carga horária como forma de aumentar o rendimento por meio de horas extras, ou mesmo tendo mais tempo para arrumar outro emprego depois de completar a jornada pela prefeitura.
Durante uma reunião intermediada pelo próprio vereador Chiquinho, o Ministério Público (MP) ficou de dar uma resposta se aceita a reivindicação dos servidores. Nessa reunião, o prefeito Pedro Claro afirmou que só reduzirá a carga horária dos trabalhadores caso seja autorizado por escrito pelo MP. O prazo para a resposta termina sexta-feira, 18 e os servidores ameaçam uma greve caso a reivindicação não seja atendida.
Críticas
As críticas dos vereadores ao prefeito Pedro Claro se tornaram mais frequentes passados 90 dias de administração do Democrata. Eles reclamam da morosidade administrativa e exigem mais atitude por parte do chefe do Executivo.

Durante a sessão ordinária realizada na Câmara, os vereadores exigiram a nomeação de um secretário de Indústria e Comércio. Na semana passada a diretora da pasta, Marlene Procópio, foi exonerada e deve ser substituída por outro diretor, mas os vereadores alegam que pela importância que o setor representa, o cargo deveria ter status de secretaria e lembram que apenas secretários são obrigados a passar pela sabatina na Câmara, embora diretores também possam ser convidados a dar explicações quando os vereadores julgarem necessário.

FONTE: Mauricio Reale - Jornal Tribuna do Vale
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