Cerca
de 200 famílias moradoras nos bairros rurais do Cebolão e Cruzeiro, em Joaquim Távora,
querem a continuidade da pavimentação, com pedras irregulares, iniciada há
cerca de dois anos, da estrada rural que dá acesso ao Distrito do Joá, em Joaquim Távora. Segundo
eles, era previsto o calçamento de aproximadamente cinco quilômetros da via,
mas só foi concluído um quilômetro, e há um ano, a obra foi interrompida.
Alguns trechos já estão bastante danificados, com formação de trilhas e
ondulações. Segundo o morador Francisco Oliveira Garcia, além de a obra ter
parado logo no começo, ela ainda trouxe transtornos aos sitiantes. “Os
operários da empresa contratada para fazer o serviço, pediram que fossem
retiradas todas as cercas do trajeto. Todos cumpriram o combinado, e depois
ficaram com o prejuízo de ter que colocar tudo novamente”, disse.
Francisco
reclama que a interrupção da obra aconteceu sem nenhuma satisfação aos
moradores. “Ninguém explicou o que aconteceu nem se a estrada ainda teria
melhorias. Além disso, a obra foi feita sem engenharia nenhuma. Há ondulações e
em alguns trechos, as chuvas já levaram parte das pedras. Ainda tem locais que
formam bacias que ficam cheias de água”, contou inconformado. Francisco também
não entendeu o cronograma da obra. “A pavimentação não começou no início da
estrada, como seria natural. Eles (a empresa), começaram depois de uns cem
metros de estrada, calçaram um quilômetro, pararam, depois recomeçaram em mais
um pequeno trecho e logo em seguida parou de novo”, disse.
Na
placa do governo federal instalada logo na entrada do acesso (que fica na
rodovia que liga Joaquim Távora a Carlópolis), informa que a obra custaria R$
466.215.00, e que era feita com recursos do Ministério da Agricultura com
contrapartida da prefeitura, e que iria beneficiar 200 famílias.
Segundo
o chefe de gabinete da prefeitura de Joaquim Távora, Saul Bernardino de
Oliveira, a obra foi abandonada pela construtora. “Na época, a empresa
contratada para executar a pavimentação apresentou problemas graves
financeiros, deixou de pagar os operários e acabou abandonando o serviço”,
disse.
De
acordo com Oliveira, o prefeito Gelson Mansur Nassar (PSDB), desde o início de
sua gestão, vem procurando retomar a pavimentação da estrada de acesso ao Joá.
“Ontem mesmo o prefeito passou por lá. Ele quer dar continuidade ao calçamento
porque aquela região tem muitos sitiantes que precisam da via em bom estado
para escoar a produção, onde predominam o café e o gado leiteiro. Também é
linha importante para o transporte escolar”, disse salientando que além desses
motivos, o prefeito Gelson procura, naquela região, uma área para construção de
10 casas rurais.
Para
dar continuidade à obra, Gelson está elaborando um novo projeto, que deverá ser
apresentado a Caixa Econômica Federal. Se aprovado, a instituição autoriza
abertura de licitação para contratação de nova empresa para execução da obra.
‘É um processo lento, porque passa por várias etapas e burocracias, mas estamos
cumprindo todas essas exigências para conseguir terminar aquela obra”, disse.
FONTE:
Gladys Santoro
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