Caminho para curso de Medicina começa pelo interesse das universidades



O presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi) e prefeito de Tomazina, Guilherme Cury Saliba Costa (PSD) disse nesta quinta-feira, 8, que antes de querer definir qual cidade vai abrigar o sugerido curso de Medicina na região é preciso entender que o caminho começa pelo interesse das universidades. O assunto está sendo discutido nos bastidores políticos, mas até agora pouca coisa de concreto foi feito e, na opinião do presidente da Amunorpi, há dois caminhos para que a proposta se torne realidade.
Segundo Guilherme Costa, o primeiro caminho seria o interesse da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). O segundo seria
a Universidade Federal do Paraná (UFPR), através da construção de uma extensão também no Norte Pioneiro. Mas o político deixa claro que a proposta oficial tem que partir de uma instituição de ensino superior.
Nas últimas semanas a criação do curso de Medicina no Norte Pioneiro ganhou corpo e muitas lideranças justificam que estão se mobilizando para garantir a instalação do curso em suas cidades, porém sem antes passar pelo crivo das universidades em condições de receber o curso. Guilherme Costa acredita que ainda é prematuro discutir onde o curso vai ficar se ainda não há nem mesmo um projeto técnico que apresente garantias mínimas de infraestrutura, por exemplo, para colocar o plano em prática.
Na terça-feira, 6, Guilherme Costa se encontrou com secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, em Curitiba. Junto com o presidente da Amunorpi estavam o presidente da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop) e o prefeito de Bandeirantes, Celso Silva (DEM), além do deputado estadual Pedro Lupion e o secretário de Emprego, Trabalho e Economia Solidária, Luiz Claudio Romanelli. No encontro a comitiva solicitou ao secretário o compromisso para a elaboração de estudos que visem a instalação do curso de Medicina através da UENP.
Alípio Leal reconheceu que o caminho para a conquista do curso não é tarefa fácil, porém, acrescentou que não é impossível de ser alcançado. “Vários pontos convergem para que o curso se torne realidade como a sintonia e integração entre a Amunorpi e a Amunop, além do apoio deputados e secretários”, disse Leal. No entanto, o secretário afirmou que vai aguardar a transição na UENP para compor uma comissão com a participação de entidades e instituições com o objetivo de apresentar estudos técnicos e de impacto financeiro parta a criação do curso.
UFPR
Particularmente, Guilherme Costa acredita que Santo Antônio da Platina reúne todas as condições de receber o curso de Medicina. “Geograficamente é a cidade melhor localizada. Além disso, Santo Antônio da Platina também tem um hospital (Regional do Norte Pioneiro) em condições de se tornar universitário”, defende o presidente da Amunorpi.
Porém, para o prefeito de Tomazina ainda não é o momento de escolher ou discutir onde o curso será criado. “Primeiro precisa existir o interesse das universidades e, depois, precisamos mostrar que há duas associações de municípios, que juntas, somam quase 600 mil pessoas em 45 cidades, que quer a criação do curso. Começar brigando pela sede seria inverter o processo. Primeiro temos que garantir que o curso virá para a região”.
Mas se a UENP não tiver interesse em abrigar um curso que pode custar até R$ 35 milhões por ano? A saída, segundo Guilherme Costa é atrair uma extensão da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
No dia 19 o próprio Guilherme Costa e Celso Silva, acompanhados do senador Sérgio Souza (PMDB) se reúnem com o reitor da universidade, professor Zaki Akel Sobrinho. Na pauta da reunião está a criação da extensão da UFPR no Norte Pioneiro. “Não sou eu nem o Celso Silva. Somos todos nós. Juntos esse projeto se torna mais forte. Mas antes de brigar por onde e preciso discutir como”, define o presidente da Amunorpi. 

FONTE: Marco Martins
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