Show com personagens infantis pode virar caso de polícia

Uma série de apresentações do personagem infantil Galinha Pintadinha pode terminar na polícia. Um grupo de mães que compraram ingresso e foram assistir aos shows reclamam que o espetáculo vendido não tem nenhuma relação com o trabalho original do personagem. Segundo as mães, as apresentações – que aconteceram no domingo em três sessões – nada mais é do que uma imitação mal feita da marca.
As mães prometem procurar a polícia nesta quarta-feira para denunciar. Uma das pessoas que reclama que foi enganada é Elaine Andrade, que alega já ter assistido ao show original da Galinha Pintadinha e por isso resolveu comprar o ingresso e levar seu filho. “Comprei o ingresso acreditando se tratar de um espetáculo bem montado, com todos os personagens da turma. Quando cheguei lá vi três pessoas vestidas em roupas que apenas imitavam os personagens”, denuncia.
Segundo Elaine, os pais que levaram seus filhos ao Centro de Eventos de Santo Antônio da Platina foram induzidos a pagar por ingressos no valor de R$ 20 para ver um plágio. “Vou exigir meus direitos”, disse. Segundo a mãe, ela ainda tentou conversar com a produção do espetáculo para protestar, mas foi orientada por um dos responsáveis a “procurar os seus direitos”.
Parceria
Para complicar ainda mais a situação, a produção do espetáculo Galinha Pintadinha pode ter usado indevidamente o nome do grupo Magazine Luíza. Os ingressos para as sessões trazem o nome e o slogan da rede de lojas e anuncia a empresa como se fosse ela a responsável pelas apresentações.
A gerência da filial do Magazine Luiza em Santo Antônio da Platina justifica que apenas fechou uma parceria de publicidade com a empresa Camila Maiara Masurek – Organização de Evento e Circo e que não tem nenhuma relação direta com a organização do evento.
De acordo com o gerente Cristiano Ribeiro, a empresa que produz o show usou o nome e a marca Magazine Luiza em seus impressos sem sua autorização. O gestor Marcos Rogério da Silva informou que vai encaminhar a denúncia ao departamento jurídico do grupo em Brasília.
As apresentações também tiveram o apoio cultural da Prefeitura de Santo Antônio da Platina, através do Departamento Municipal de Cultura. De acordo com a prefeitura, a participação no espetáculo se resumiu apenas à cessão do Centro de Eventos.
Outro lado
O responsável legal pela empresa Camila Maiara Masurek – Organização de Evento e Circo, André da Silva Neto disse que tem autorização para explorar a marca em todo o Brasil. Sobre a qualidade do show, Silva Neto disse que a falta de um espaço adequado para as apresentações impediu que sua trupe pudesse fazer um show com 12 bailarinos e todo o seu equipamento de luz e som.
O representante da empresa também justificou que tem autorização das lojas Magazine Luiza para usar a marca em seus impressos e publicidade, mas não explicou se a liberação tem o conhecimento da direção do grupo ou apenas da gerência das lojas onde se apresenta.
Silva Neto também justificou que teve um prejuízo de mais R$ 8 mil com as apresentações em Santo Antônio da Platina, mas mesmo assim está disposto a ressarcir todas as pessoas que se sentiram lesadas. Segundo ele, basta que os pais que levaram seus filhos à apresentação o procurem pelo telefone 43 9929 1579 para receber o dinheiro pago pelos ingressos.

FONTE: Marco Martins e Luiz Guilherme Brandani

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