O
Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) divulgou uma nota na última semana
destacando que já realizou a análise e julgamento de 48 contas municipais de
2012. Entre os exemplos em todo o Estado está o município de Ribeirão Claro.
Os
números (48 processos) significa que o tempo entre o recebimento, a análise e a
votação em plenário das contas de prefeituras e câmaras (cujo prazo de envio é
31 de março) não chegou a quatro meses. Em relação aos órgãos da administração
indireta (que têm prazo de encaminhamento até 30 de abril), esse tempo foi
ainda menor: inferior a três meses.
Dar
agilidade à análise dos processos que tramitam na corte é uma das metas do
presidente do TCE, conselheiro Artagão de Mattos Leão, durante sua gestão, no
biênio 2013-2014. As outras são ampliar os investimentos em capacitação de
técnicos e gestores públicos e em tecnologia da informação. “Queremos tornar o
Tribunal de Contas cada vez mais conhecido e reconhecido pelo cidadão
paranaense”, afirma Artagão. “A melhor forma de obter esse reconhecimento é
melhorando nossa eficácia como órgão de controle externo”.
O
diretor de Contas Municipais, Akichide Walter Ogasawara, informa que boa parte
dos apontamentos é de natureza formal, passível de regularização durante o
trâmite dos processos. Após a defesa, os processos receberão nova análise da
DCM e parecer do Ministério Público de Contas antes de serem votados em
plenário, pelos conselheiros e auditores.
Entre
as principais causas de irregularidade apontadas pelos técnicos da DCM nas
prestações de contas de 2012 estão a remuneração de prefeitos e vereadores em
valores acima dos permitidos por lei; gastos superiores às receitas; exercício
do cargo de contador em desacordo com as normas vigentes; além de ausência e
atraso no envio de documentos ao Tribunal. “O que mais nos preocupa, no
entanto, são aqueles municípios que não aplicaram o percentual mínimo
constitucional em educação (25% da receita corrente líquida, oriunda de
impostos e transferências) e um certo descaso com a questão
previdenciária dos servidores municipais”, afirma o diretor.
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