O
protesto dos moradores da região dos bairros Alceu Garbelini e Aparecidinhos I
e 2, em Santo Antônio
da Platina, terminou em confusão na noite de ontem (quarta-feira, 10). Cerca de 300 pessoas se
reuniram para cobrar melhorias para a praça Monte Real, que segundo os manifestantes,
pelo estado de abandono e iluminação precária, é área de risco para os
moradores.
Por
volta das 18 horas, a rua Antônio de Castro Vilas Boas, que liga o bairro ao
centro e também dá acesso à PR 092, foi interditada com pneus incendiados.
Enquanto os bombeiros apagavam os focos, outros eram provocados pelos
manifestantes. A situação ficou pior quando a via foi desobstruída pela Polícia
Militar e os manifestantes se dirigiram para a rua Mário Giovanetti. Enquanto
os bombeiros tentavam apagar o fogo, um grupo de 50 pessoas começou a jogar
pedras nos militares. Um tijolo quebrou o para-brisa do caminhão.
A
Polícia Militar precisou disparar sete tiros para o alto para dispersar os
vândalos. A ação começou com oito policiais militares, comandados pelo cabo
Querino, que acionou reforço para dispersar a multidão. Após uma parte dos
manifestantes terem concordado em liberar as ruas em troca de iluminação
imediata da praça, por volta das 19h30, a clima de tensão retornou. As equipes
da Rotam e Canil do 2º Batalhão da Polícia Militar foram acionadas.
Um
dos organizadores do protesto, o comerciante Valdinei Francisco Caetano, o
Dino, foi preso por desacato. Já o garçom Luis Fernando da Silva Benedeti, foi
detido por atear fogo aos pneus. Segundo os policiais, apenas 50 das 300
pessoas tinham argumentos e protestavam pacificamente. Das 250 que incitavam à
violência, 50 participaram das ações de vandalismo. A polícia trabalha para
identificar e punir os responsáveis.
Ninguém
da prefeitura apareceu no bairro. Na segunda-feira, durante sessão na Câmara
Municipal, o vereador Cláudio Domingues, o Cação (PR) já havia alertado sobre o
descontentamento dos moradores e sobre a realização do protesto. Um dos
organizadores, o mecânico Denilson Vilela, defende que as reivindicações são
fáceis de serem resolvidas, porém denuncia “falta de vontade” da prefeitura.
“Primeiramente queremos iluminação na praça. Aqui está perigoso, basta cair a
noite para consumo de drogas. Até tentativa de estupro já foi registrada”,
alerta.
Segundo
o chefe de gabinete da prefeitura, José Antônio da Silva, o vereador Cação foi
informado de que a empresa Estel – contratada para realizar a manutenção da
iluminação pública - faria a troca das lâmpadas até o fim de semana.
Celso Felizardo e Luiz Guilherme Bannwart / Tribuna do Vale
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