O
primeiro reflexo da geada ocorrida na madrugada de quarta e de quinta-feira,
desta semana, na região, já pode ser sentido no bolso do consumidor. Os
proprietários da M.J Iaros – shopping das verduras - e da Quitanda Natureza,
ambas em Santo Antônio
da Platina voltaram ontem de manhã, dos Ceasas (Centrais de Abastecimento) de
Londrina e de Curitiba, e se surpreenderam com os valores de alguns produtos,
que apresentaram aumento de preço de até 200% como o tomate, o pimentão verde,
amarelo e vermelho. A abobrinha, a vagem, o chuchu e as folhagens como alface,
acelga e couve já estão 50% mais caros. Segundo eles, o pior ainda está por
vir. Na semana que vem, além de mais reajuste, alguns produtos podem
desaparecer das gôndolas.
Márcio
José Iaros, do Shopping das Verduras, explicou que todos os legumes que ficam
expostos à natureza foram danificados com a geada. Os que ficam cobertos por
folhas apresentarão problemas a partir da próxima semana, quando a folhagem
queimada cair e deixar as hortaliças expostas ao tempo. “Por enquanto ainda não
temos produtos em falta, porque houve lavouras que colheram antes da geada. Mas
os que estavam no pé esta semana, com certeza, teve boa parte perdida”,
explicou.
Márcio
lembrou ainda, que a geada na região de Santo Antônio foi menos intensa que na
zona rural de Londrina. “Como adquirimos produtos de Ceasas, muitos são
provenientes de regiões mais afetadas”, contou. Para ele, a situação só deve se
normalizar no prazo de 30 dias ou mais.
Marcos
Roberto da Rosa, proprietário da Quitanda Natureza disse que hoje, a abobrinha,
o chuchu, a cenoura, as folhagens e a vagem já estão com 50% de reajuste e
podem faltar a partir da próxima semana. Já o tomate, que estava sendo vendido
a R$ 1,99 o quilo, antes da geada, hoje está custando R$ 4. Ou seja, uma alta
de 200%. A vagem que era comercializada por R$ 3,99 o quilo agora passou para
R$ 8,99. A caixa da cenoura custava para a quitanda R$ 20 antes da geada.
Ontem, no Ceasa, Marcos já pagou mais que o dobro: R$ 45.
Segundo
ele, até a beterraba, que fica sob a terra foi prejudicada. “Como a folhagem
que a protege queimou, automaticamente a raiz murcha”, explicou alertando:
“Semana que vem vai faltar chuchu, cenoura e folhas”.
Marcos
acredita que os preços só se normalizarão em dois ou três meses. “Os produtores
têm que plantar tudo novamente e até chegarmos a uma produção razoável, haverá
alterações de preços. Ainda podemos recorrer aos produtos produzidos em
estufas, como o tomate, por exemplo, mas a produção é limitada, demanda mais
cuidados e mão de obra, o que, naturalmente, encarece o produto também”,
explicou.
FONTE:
Gladys Santoro
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