Diante do fato da pequena Yasmim
não conseguir respirar, a equipe médica entubou a menina e a manteve ventilada.
Várias tentativas de fazê-la respirar foram realizadas por cerca de 40 minutos,
quando a menina teve parada cardíaca.
O médico disse que ainda tentou
por mais 20 minutos reanimar a bebê com duas injeções de adrenalina, mas que a
menina não reagia e não havia mais reflexo a luz. Neste momento, cerca de uma
hora após o nascimento de Yasmim, ela teve morte cerebral e foi dada como
morta.
A família acompanhou todos os
procedimentos da equipe médica composta pelos médicos Aurélio Filipaki, Delcino
Garcia, mais duas enfermeiras padrão e uma técnica em enfermagem.
Após o óbito confirmado, a bebê
foi levada para a Capela do Hospital e permaneceu ali até a chegada de sua avó
materna, Dona Elisa, para registrar a bebê e dar sequencia nos procedimentos
para o velório e enterro.
Dona Elisa entrou em contato com
a Funerária Santo Antônio (Olson) e foi junto com sua amiga, Rosiles para a
Capela para buscar a pequena Yasmim. Ao chegar à Capela, Elisa contou que a
bebê estava com os pés para cima e respirando. “A Rosiles não acreditou quando
eu disse que minha neta estava morta e nem chegou a levar o caixão até a
Capela. Entramos lá para ver e encontramos a Yasmim com os pezinhos para cima e
respirando. Chamei a equipe de enfermagem, mas eles não acreditaram em mim,
esbravejei e quando eles chamaram o médico, ele constatou que a menina estava
viva”, comenta a avó emocionada.
Um dos médicos que compôs a
equipe, Delcino Garcia, disse à nossa reportagem que foi chamado apenas para
ajudar e quando chegou a menina já não respirava. “Quando cheguei a menina não
estava respirando, fui chamado para ajudar e constatamos o óbito”, afirma.
O médico Aurélio Filipaki disse
que aparentemente o problema de tudo foi o pulmão. Questionado sobre o que pode
ter acontecido para a menina voltar a vida o médico disse que pode ser efeito
tardio da medicação usada para reanimar a menina (duas injeções de adrenalina)
e descartou a possibilidade da menina ter nascido com Catalepsia porque ela não
estava respirando e não tinha mais reflexo à luz.
“Houve morte cerebral. Não
chegamos a fazer reversão com choque porque não havia mais o que fazer. Não sei
precisar o que aconteceu, ou foi efeito tardio da medicação ou foi a mão de Deus”, comenta o médico ainda sem saber
o que realmente pode ter trazido a pequena Yasmim de volta aa vida.
A bebê foi encaminhada para a
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal) do Hospital Infantil em
Londrina. Até o fechamento desta matéria cerca de 90% de seu estado clínico havia
melhorado.
Aurélio Filipaki não sabe precisar se a menina terá alguma sequela por ter ficado cerca de duas horas sem oxigenação cerebral. “Durante a quase uma hora em que tentamos reanima-la, ele esteve entubada, com oxigenação e ventilada, mas nas outras duas horas em que ela esteve na Capela, ela não recebeu oxigênio. Temos que esperar a evolução clínica dela para saber o que realmente aconteceu e se ela terá alguma sequela”, informa. (Paulo Myszko)
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