Lixo da região tem destino incorreto



Cerca de 70% da população do Norte Pioneiro destina o lixo produzido de forma irregular. A conclusão está no ''Relatório da Situação da Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos no Estado do Paraná''. O documento foi produzido por técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em 2012 e divulgado na semana passada. A elaboração deste estudo está prevista na Lei Nacional de Resíduos Sólidos.
Os estudos se basearam no licenciamento ambiental estadual e o critério foi a existência ou não de licença ambiental de operação do IAP. As áreas com licença de operação vigente ou com requerimento de renovação devidamente protocolada no IAP foram definidas como áreas de aterro sanitário. Já as locais sem a devida autorização foram considerados inadequados ou identificados como lixão ou aterro controlado.
O relatório mostra a situação de todos os 21 escritórios regionais do órgão no Paraná. O Norte Pioneiro tem dois escritórios, um em Cornélio Procópio e outro em Jacarezinho.
Segundo o levantamento, 74,8% da população dos municípios sob a jurisdição da regional de Cornélio Procópio destinam o lixo produzido de forma irregular. Na de Jacarezinho, este índice cai levemente para 67,9%. Nas duas regionais, mais de dois terços dos municípios não atendem às exigências mínimas necessárias para destinação correta do lixo.
O levantamento do IAP mostra que a situação do Norte Pioneiro é inversamente proporcional à média do Estado. De acordo com o estudo, 70% da população paranaense é atendida por aterros devidamente licenciados. Portanto, 70% da população do Norte Pioneiro faz parte dos 30% restantes dos moradores que não destinam o lixo corretamente no Paraná.
Segundo o diagnóstico, 185 municípios (46,4%) encaminham seus resíduos para aterros sanitários devidamente licenciados; 121 municípios (30,3%) destinam para áreas de aterros controlados, que possuem apenas o mínimo necessário de controle ambiental, e os outros 93 (23,3%) levam seus resíduos para áreas de lixão a céu aberto. ''É um estudo exclusivamente técnico que nos dá a real noção de onde e como precisamos evoluir para atender a política nacional de resíduos sólidos até 2014. Para isso, é necessária uma ação conjunta entre os governos federal, estadual e municipal'', afirma o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

FONTE: Eli Araújo – Jornal Folha de Londrina

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