Benetti volta ao Brasil depois de missão internacional em Israel



Uma missão de empresários, especialistas e parlamentares brasileiros,além do vice-presidente da Amunorpi(Associação dos Municípios do Norte Pioneiro),prefeito de Pinhalão, Claudinei Benetti – liderada  pelo ministro Marcelo Crivella(os dois,na foto) - conheceu de perto o desenvolvimento tecnológico da aquicultura em Israel e ficou entusiasmada com alguma das inovações apresentadas. 
Foi o que ocorreu,por exemplo, quando o grupo – acompanhado da embaixadora do Brasil em Israel, Maria Elisa Berenguer – esteve em criatórios no mar Mediterrâneo.
As gaiolas (tanques-rede) onde os peixes são confinados resistem tanto a ondas de relativa intensidade como ao movimento das correntes marinhas. Estes fatores foram valorizados pelos especialistas da comitiva, já que condições adversas semelhantes comprometeram alguns projetos de aquicultura no litoral brasileiro.
Outra experiência marcante para a comitiva foi a visita ao Agricultural Research Organization (ARO), órgão subordinado ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Israel. No local foram apresentadas as principais linhas de pesquisa em desenvolvimento no setor aquícola.
A visita da comitiva do Brasil a Israel resultou em comunicado em que os dois países se comprometem a promover a cooperação mútua no setor pesqueiro. O entendimento abrange, inclusive, a cooperação em assuntos de gestão pesqueira em fóruns internacionais.
"Foi importante termos ido porque muito do que se faz lá poderá ser implantado no Norte Pioneiro",disse Benetti,referindo-se ao projeto que será executado na região na área de piscicultura.
Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) mostram que a pesca é essencial para a sobrevivência e a segurança alimentar de cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Uma em cada cinco pessoas depende do peixe como principal fonte de proteína. Ao mesmo tempo, ainda segundo a FAO, 80% das espécies de peixes do mundo já foram exploradas ao máximo ou estão se esgotando.
A aquicultura é apontada como alternativa para a sobrepesca e um dos maiores potenciais do mundo para o cultivo de peixes está no Brasil. O país tem condições, com o aproveitamento de apenas 0,5% da lâmina de água de lagos e reservatórios, de produzir mais de 20 milhões de toneladas de pescado por ano, segundo levantamento do Ministério da Pesca e Aquicultura. A produção atual é de cerca de 500 mil toneladas e um dos grandes desafios está na tecnologia de produção.
A programação em Isral foi a seguinte:Visita ao Centro de Alta Tecnologia em Produção de Algas Marinhas com vistas a produção de vacinas para peixes, em Rehovot;Visita a fazenda de aquicultura em água doce (cultura extensiva), no Kibutz Maoz Haim, no Vale de Beit-Shean;
Visita a criação de trutas e esturjão para produção de caviar. Discussão sobre o potencial de cooperação para a criação da espécie de Tilápia Chitralada, no Kibutz Dan;Visita a fazenda de criação de peixes em gaiolas no Mar Mediterrâneo, com apresentação de sistemas de gaiolas em rede para criação de peixes em mar aberto.
Reunião com pesquisadores do ARO – Agricultural Research Organization. Discussão sobre a possibilidade de cooperação em pesquisas, no Beit Dagan, sede do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Israel;Visita à Estação de Pesquisa em Aquicultura “Dor”, no Moshav Dor;Visita ao “Dagon”, Centro de Criação de Peixes, no Kibutz Maagan Michael e encontro com o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ze’ev Elkin, em Jerusalém e Reunião com representantes de empresas voltadas à tecnologia da piscicultura, em Tel Aviv.
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