Alguns
prefeitos do Norte Pioneiro planejam retomar o movimento para que a PR-436 seja
asfaltada. A rodovia, com 55 quilômetros de extensão, é uma das estradas
remanescentes sem asfalto no Paraná. Ela liga a cidade de Ribeirão do Pinhal à
BR-153, perto de Ibaiti, conhecida como "Estrada do Pico", passando
por uma área que se concentram atividades agropecuárias e onde se localiza um
dos maiores centros de produção de tijolos no Estado.
Há
dois anos, foi iniciado um movimento para que a rodovia fosse asfaltada. Foram
coletadas quase 20 mil assinaturas de moradores das duas cidades e o pedido foi
encaminhado ao governador Beto Richa (PSDB) com uma série de fotos para
justificar a reivindicação. Na época, o Departamento de Estradas de Rodagem
(DER), órgão vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Logística, respondeu
que "não há previsão de asfaltamento de novos trechos".
A
possível retomada do movimento tem uma causa: os prefeitos estão descontentes
com o governo do Estado que asfaltou outras rodovias em situação semelhante,
mas não oferece nenhuma perspectiva em relação à PR-436.
Os
prefeitos não querem dizer que foram "preteridos", mas acreditam que
faltou um pouco mais de pressão para que fossem atendidos. O prefeito de
Ibaiti, Roberto Regazzo (PSB), pretende reunir ao menos 15 prefeitos da região
para que juntos sigam em caravana para falar com o governador Beto Richa sobre
o assunto. A reunião ainda não tem data definida. Regazzo vai convidar os
deputados estaduais que representam a região para que participem do encontro.
Eles
vão pedir que o asfaltamento da rodovia seja incluído nos planos do governo
para o próximo ano ou até 2015. Regazzo, que foi um dos líderes do movimento
como empresário em 2011, acredita que agora, como prefeito, "a força é
maior".
O
prefeito de Ribeirão do Pinhal, Dartagnan Calixto Fraiz (PSD), acredita que o
asfalto poderá trazer maior desenvolvimento para a região. Ele diz que só o
distrito de Triolândia possui 12 olarias que produzem 4 milhões de tijolos por
mês, números que poderiam dobrar se a rodovia fosse asfaltada.
Fraiz
lembra que a reivindicação vem desde a década de 1980, quando o governador do
Estado era José Richa, pai do atual governador. "A gente gostaria que o
governador olhasse para o Norte Pioneiro, porque isso é um resgate para a
região e melhoria de vida para a população, com retorno na produção
agropecuária, mas principalmente no setor de cerâmica. O governo deve definir
se vai fazer ou não", afirma.
FONTE: Eli Araújo – Caderno Norte
Pioneiro – Jornal Folha de Londrina
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