Um
grupo suspeito de fraudar a Previdência Social foi indiciado pela Polícia
Federal nesta terça-feira (28) em Jaguariaíva e Arapoti, no Norte Pioneiro.
Médicos peritos, advogados e intermediários são acusados de montar um esquema
de concessão de benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença em
troca de pagamento de propina por parte dos futuros beneficiários.
A
investigação, que começou em 2010, estima que pelo menos R$ 7,2 milhões foram
pagos indevidamente pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) nos últimos
anos em decorrência da fraude.
A
operação foi realizada pela Polícia Federal de Ponta Grossa com o apoio do
Ministério Público Federal e do Ministério da Previdência Social. Foram
cumpridos, nesta manhã, 10 mandados de busca e apreensão em escritórios de
advocacia e consultórios médicos particulares. Nenhum mandado de prisão foi
expedido, portanto, todos os indiciados estão em liberdade.
O
poder judiciário, no entanto, impôs medidas cautelares aos suspeitos e, se
forem descumpridas, os acusados poderão ir à prisão. Entre as medidas estão o
pagamento de R$ 30 mil em fiança por indiciado, a suspensão do exercício
profissional da medicina e a suspensão da advocacia em âmbito previdenciário.
Os suspeitos também estão proibidos de deixar o país.
Cerca
de 40 policiais federais e seis servidores do Ministério da Previdência Social
estão em Jaguariaíva e em Arapoti efetuando a investigação.
A
delegacia da Polícia Federal em
Ponta Grossa não soube informar o número de indiciados,
porém, adiantou que o esquema de atuação do grupo envolvia várias pessoas:
advogados selecionavam pessoas interessadas em benefícios do INSS; essas
pessoas pagavam uma determinada quantia para o médico perito - que também tinha
consultório particular - e o laudo era aprovado pela agência do INSS.
Entre
2008 e 2012, 21 denúncias foram registradas pelo Ministério da Previdência
Social. O INSS vai agora investigar os processos suspeitos e os valores
depositados indevidamente terão que ser ressarcidos pelos beneficiários.
FONTE: Gazeta do Povo
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