Realizada
desde 1931, a
festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde em Siqueira Campos já
faz parte do calendário de diversos romeiros da região e de moradores, até mesmo
de outros Estados. São várias as histórias que cercam a imagem. Uma das mais
tradicionais dá conta de que uma família que veio morar na Fazenda Cana Verde,
localizada nas proximidades do município, trouxe consigo a imagem do Bom Jesus,
por isso o nome da festa. Com o tempo, constantes relatos de milagres se
espalharam e o número de devotos buscando por auxílio divino cresceu.
Para este ano, está prevista uma novena de 28 de julho a 5 de agosto. Nesse período, uma série de missas vão movimentar o santuário. Diferentemente dos outros anos, a parte social da festa, com barracas, não terá início no mesmo dia da novena, e acontecerá de 2 a 6 de agosto. Além da divisão entre os eventos religiosos e sociais da festa, outra novidade é o fim da comercialização da bebida alcoólica nas dependências do Santuário.
Para este ano, está prevista uma novena de 28 de julho a 5 de agosto. Nesse período, uma série de missas vão movimentar o santuário. Diferentemente dos outros anos, a parte social da festa, com barracas, não terá início no mesmo dia da novena, e acontecerá de 2 a 6 de agosto. Além da divisão entre os eventos religiosos e sociais da festa, outra novidade é o fim da comercialização da bebida alcoólica nas dependências do Santuário.
De
acordo com o reitor do Santuário Senhor Bom Jesus da Cana Verde, Frei da Ordem
dos Capuchinhos, Darci Roberto Catafesta, a iniciativa se deu por dois motivos,
primeiro devido a uma recomendação da Arquidiocese de Jacarezinho, para quem o
Santuário responde, e depois pelo intuito de dar um caráter mais religioso a
festividade. ''Queremos tornar o ambiente ainda mais familiar e entendemos que
a não comercialização de bebida alcoólica faz parte do processo'', diz.
Segundo
o reitor, shows noturnos de bandas locais e da região, que eram realizados
durante aos dias de celebração e concentravam um grande público interessado no
consumo de bebida, também deixaram de fazer parte da programação. Siqueira tem
hoje, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
pouco mais de 18,4 mil habitantes, mas nos dias de realização do evento, o
Santuário local chega a receber cerca de 120 mil devotos. Para atender toda
essa demanda cerca de 500 voluntários trabalham todos os dias nos pavilhões
existentes no pátio do local.
A
expectativa de Catafesta é que esse número continue se repetindo e até mesmo
crescendo apesar das alterações. Ele reconhece que recebeu algumas críticas
devido ao corte de bebidas alcoólicas no evento, mas a decisão, segundo ele,
agradou a maioria dos fiéis. ''Quando dado o anúncio da decisão, fui aplaudido
em pé pela vasta maioria dos fiéis. Isso vai tornar a festa mais cristã e
voltada para a família, que sempre foi o seu principal objetivo'', argumenta.
Catafesta
acrescenta que a decisão de banir das festas religiosas a bebidas com álcool
têm se tornado cada vez mais comum. ''É uma tendência e não acredito que venha
prejudicar, mas sim possibilitar que mais famílias e pessoas frequentem a
festa'', conclui.
FONTE: Vinicius Fonseca – Caderno Norte Pioneiro –
Jornal Folha de Londrina
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