Identificar
os atributos do grão de café, acidez, corpo e sabor. Informações necessárias
para a avaliação de cafés especiais que finalmente começam a chegar aos
produtores de Ribeirão Claro. Através do curso “Aperfeiçoamento de controle de
qualidade do café”, realizado na última semana no laboratório para pesquisas e
capacitação do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), em Londrina, os
cafeicultores aprenderam técnicas antes desconhecidas pelos produtores. O
treinamento é fruto da parceria entre Associação dos Cafés Especiais do Norte
Pioneiro do Paraná (ACENPP), Sebrae - PR e Instituto Federal de Muzambinho, de
Minas Gerais.
Os
produtores da Associação de Cafés Especiais de Ribeirão Claro, Cleomilson
Serafim e Nelson Luiz Posseti foram selecionados para participar do treinamento
concluído na última sexta-feira (17). Ao todo, 22 produtores que integram o
Projeto Cafés Especiais apoiado pelo Sebrae - PR aprendem a classificar os
grãos de acordo com o método da Specialty Coffee Association of America (SCAA),
que determina que apenas os cafés que atingirem uma pontuação superior a 80
pontos são considerados cafés especiais.
O
curso foi ministrado por José Antônio Rezende da Silva e José Marcos Angélico
de Mendonça, dois especialistas em cafés de alta qualidade (conhecidos no meio
como Q-Graders). Os dois ensinaram os cafeicultores a identificação de
características sensoriais e atributos da bebida, baseados no critério de
avaliação mundial (SCAA). Avaliar seu próprio produto e verificar se ele não
apresenta nenhum defeito primário, como grãos pretos, verdes ou ardidos,
permite saber o preço que o produto poderá atingir numa negociação e verificar
se o lote comercializado está uniforme.
Segundo
José Rezende da Silva, durante a capacitação os produtores aprenderam a
identificar os aromas dos cafés especiais. Para isso, foram utilizados 36
compostos voláteis, com aromas que são encontrados tradicionalmente nos cafés
especiais. “Após a imersão de quatro dias, serão promovidos encontros mensais
de degustação de cafés especiais que darão continuidade ao ‘Aperfeiçoamento de
controle de qualidade do café’”, antecipou.
O
Curso é uma das ações para os produtores da PACE e de outros 12 Núcleos ligados
à ACENPP possam conhecer os métodos internacionais de controle de qualidade do
café, e com isso aplicar esse método em suas comunidades e municípios. “Dessa
forma, podem identificar cafés de alta qualidade e separar o lote
caracterizando como ‘micro lote’ e ainda fazer a correção de problemas ocorridos
durante o processo de colheita do café”, concluiu.
FONTE: Diógenes Gonçalves
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