São
8h da manhã e acontece a troca de turno no quartel do Bombeiro Comunitário de
Siqueira Campos. A rotina de três integrantes da equipe que trabalhará por 24
horas ininterruptas começa com a checagem de todo o equipamento – incluindo o
caminhão – de trabalho.
Após
a checagem completa de todo o material que pode ser usado em um dia comum de
trabalho, os bombeiros saem para a ronda diária, quase sempre pela rodovia
PR-092, que é o local onde a maior parte dos acidentes automobilísticos da
região acontece.
Após
retornarem ao quartel, os bombeiros passam por um período de instrução e
treinamento leve, que de acordo com o subtenente Manoel Corrêa, comandante do
local, serve para “manter o pessoal ligado e sempre preparado para eventuais
emergências”.
Ainda
antes do almoço, é hora da academia do quartel ser usada e ajudar a manter a
forma dos bombeiros. Em algumas ocasiões a musculação é substituída por uma
corrida pela cidade. Claro que, essa rotina só é seguida fielmente quando não
acontece algum telefonema solicitando a presença dos bombeiros – o que
certamente não tem hora prevista para acontecer.
Após
o almoço é o tempo teoricamente sem atividades. Teoricamente. O telefone toca e
há uma ocorrência que exige a presença dos bombeiros. A rapidez com que a
equipe age impressiona. Dentro de poucos segundos o caminhão deixa o quartel,
às margens da PR-092, acelerando e com a sirene ligada, para mais uma vez
prestar serviço a comunidade.
“Dentro
de Siqueira Campos nossa média é de chegar ao local de onde partiu a solicitação
em 6 minutos. Nas cidades vizinhas não costumamos demorar mais que 20 minutos
para chegar”, conta o sub Corrêa. Uma vez de volta ao quartel após atender uma
ocorrência sem maiores problemas, os bombeiros têm um merecido descanso, mas
sem relaxar completamente, já que a qualquer minuto o telefone pode tocar
novamente.
Além
disso, durante a escala, de 24h por 48h, não é permitido sair do quartel exceto
por chamadas restritas ao ofício, sendo obrigatória a permanência no local
integralmente durante este período ainda que não haja afazeres.
“Aqui se dorme com os olhos abertos. Imprevistos podem acontecer a qualquer hora do dia e da noite e nossa obrigação é estarmos preparados para atender qualquer que for o chamado com rapidez e eficiência”, pontua Corrêa. “E durante a escala não pode sair daqui pra nada, exceto em chamadas. Por exemplo, não pode sair daqui pra ir pagar uma conta ou qualquer coisa do tipo, são 24 horas de plantão sem folga”.
“Aqui se dorme com os olhos abertos. Imprevistos podem acontecer a qualquer hora do dia e da noite e nossa obrigação é estarmos preparados para atender qualquer que for o chamado com rapidez e eficiência”, pontua Corrêa. “E durante a escala não pode sair daqui pra nada, exceto em chamadas. Por exemplo, não pode sair daqui pra ir pagar uma conta ou qualquer coisa do tipo, são 24 horas de plantão sem folga”.
Esse
confinamento gera piadas por parte de subtenente, que compara o quartel ao Big
Brother, mas levanta uma questão séria: a do convívio entre os bombeiros. “Tem
horas que é difícil você conviver por 24 horas com uma pessoa que tem hábitos
diferentes dos seus, que pensa diferente, tem outros gostos, mas é preciso superar
algumas diferenças que às vezes acontecem e saber levar”.
Vale lembrar que os 11 bombeiros de Siqueira Campos não são militares, sendo que a formação militar cabe apenas ao subtenente Corrêa. No entanto, o treinamento da equipe foi realizado em Londrina em um quartel de bombeiros militares com instrução para atender os incidentes de maior recorrência, como acidentes de automóveis e incêndios florestais.
Vale lembrar que os 11 bombeiros de Siqueira Campos não são militares, sendo que a formação militar cabe apenas ao subtenente Corrêa. No entanto, o treinamento da equipe foi realizado em Londrina em um quartel de bombeiros militares com instrução para atender os incidentes de maior recorrência, como acidentes de automóveis e incêndios florestais.
“O
treinamento deles permite atender muitos tipos de chamadas, mas o mais
importante é a questão do socorro às vitimas de acidentes, onde muitas vezes
ficam presas às ferragens e é necessário cortar os veículos e estabilizar as
vítimas, que é dar o primeiro socorro pra pessoa. Muitas pessoas dizem quando
estamos fazendo esse primeiro socorro estamos demorando, mas é porque tem todo
um procedimento a ser realizado para o melhor da vítima”, explica Corrêa.
FONTE: Texto: Lucas Aleixo/ Foto: Alceu
Junior – Jornal Folha Extra
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