Dois
anos depois de ser apresentado, o Projeto de Lei 1.023 chegou à Comissão de
Constituição e Justiça do Senado para análise. Ele beneficia quem mora ou
trabalha nos municípios cortados por rodovias federais que têm praças de
pedágio. Só no Paraná, 24 cidades serão contempladas se a lei entrar em vigor. Inclusive
o município de Jacarezinho. As concessionárias são contra a mudança, mas podem
pedir o reajuste da tarifa se houver prejuízo.
Quem
tem moradia ou trabalho permanente nos municípios contemplados precisará se
cadastrar no órgão municipal de trânsito e na concessionária. A proposta vale
apenas para rodovias federais. Se um ano após a mudança as concessionárias
identificarem desequilíbrio financeiro, podem pedir ao poder concedente (o
governo estadual ou federal) o reajuste da tarifa proporcional ao volume de
isenções. O projeto de lei prevê ainda que o prazo de concessão da rodovia seja
ampliado.
O
autor do projeto, deputado federal Espiridião Amin (PP-SC), classifica as
praças de pedágio que dividem municípios como “caça-níqueis”. Para ele, a
alteração não vai onerar as concessionárias. “As pessoas não vão passar mais
pelo pedágio só porque não pagam, elas só vão continuar passando por
necessidade.”
O
Paraná é loteado entre nove concessionárias, seis do contrato com o governo
estadual e três com o governo federal. Segundo a ABCR, isenções foram
concedidas em caráter excepcional na instalação das praças, em 1996, para
algumas comunidades lindeiras aos locais de pedágio, como é o caso da isenção
concedida pela Ecocataratas e pela Caminhos do Paraná. As demais
concessionárias, inclusive as das concessões federais, seguem a previsão
contratual de não cobrar a tarifa de veículos oficiais.
FONTE: Jornal Gazeta do Povo
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