Município se mobiliza para utilidade do IBC II

O Secretário Municipal de Indústria e Comércio de Jacarezinho, Homero Pavan Filho, esteve nesta semana visitando a Superintendência de Patrimônio da União em Curitiba para tratar sobre o Instituto Brasileiro de Café (IBC II). A conversa com Dinarte Antônio Vaz foi para a possibilidade de o local ser doado ou cedido ao município. Também participou da reunião Márcia Gomes de Oliveira, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia.

“O armazém e a área de terra em seu entorno foram destinados aos movimentos pela moradia. Para esta doação é preciso de um laudo da COHAPAR atestando que o local não é apropriado para a construção de unidades habitacionais”, explica Homero Pavan.

O Secretário ainda explica que o município precisará apresentar um projeto de utilização do espaço. “Cogita-se incubadora de empresas. Após este processo, o local não poderá ser doado a terceiros e a utilização terá que ser institucional, ou seja, programas municipais”, acrescenta Homero Pavan. Ele ainda alerta que todo esse processo é demorado, mas o primeiro passo foi dado. Márcia Gomes de Oliveira já manifestou apoio para a doação do imóvel para o município de Jacarezinho e se dispôs a apresentar o projeto, a ser elaborado, na próxima reunião do Movimento.

IBC II

Uma grande construção para a armazenagem do café e com quase 30 mil metros quadrados tem uma outra serventia. Apenas servir de atalho entre os bairros Vila Setti e Jardim Panorama (distantes 3 km pelo acesso normal).

Durante a visita, foi possível ver vários carros passarem por dentro do antigo IBC como forma de atalho. “Infelizmente o local serve apenas de atalhos e para pessoas desocupadas”, comenta uma senhora que passava pelo local. Ao lado do barracão central, foram roubados telhas e vidros das casas que em outros tempos eram moradias dos administradores do local. Já no pátio central, as portas já não contam mais com cadeados e telhado foi totalmente levado.

Criado em 1952 para definir as diretrizes da política cafeeira, o IBC foi extinto em 1989, durante o governo Collor. Hoje, o espaço serve apenas como acesso aos moradores dos arredores. Em Legislatura passada a situação foi bastante debatida na Câmara Municipal de Jacarezinho, nesta gestão a equipe da Prefeitura já está verificando o que pode ser feito com o local.