Os
municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento
Regional da Bacia do Paranapanema (G6), Jacarezinho, Ribeirão Claro,
Carlópolis, Joaquim Távora, Guapirama e Quatiguá tem um gasto de mais de R$ 1,5
milhão com o transporte de pacientes, segundo dados de 2011.
De
acordo com o secretário de Saúde de Jacarezinho, Geraldo Romão, são transportados
mensalmente 709 pacientes para Londrina, 811 para Curitiba e 13 para outros
municípios paranaenses e para Ourinhos (SP).
Romão
destaca que metade dos pacientes realiza tratamento contra o câncer e os outros
50% são compostos em sua maioria por casos de ortopedia de alta complexidade.
“Somente aqui em nosso município temos 167 pacientes na fila para consultas em
Curitiba ou Londrina, mas na região da 19ª Regional de Saúde são 830 pacientes
na fila”, revelou.
O
problema, na sua opinião, está relacionado com a falta de estrutura na região.
O Hospital Regional do Norte Pioneiro, localizado em Santo Antônio da
Platina, por exemplo, não tem estrutura para atender casos de alta
complexidade. Além disto, segundo ele, as outras instituições do Norte Pioneiro
com condições de realizar algumas cirurgias eletivas acabam não atendendo por
falta de vagas. “Temos que fortalecer o Hospital Regional”, ressaltou Romão.
A
Secretária de Saúde de Ribeirão Claro, Ana Maria Baggio Molini, relatou que a
falta de estrutura regional faz com que sua pasta gastasse quase R$ 80 mil
somente com peças e conserto de veículos no ano passado, recursos que poderiam
ser direcionados para outras prioridades na saúde.
Em
Quatiguá, o secretário de Saúde, Oslei Ieger, relatou que somente nos dois
primeiros meses deste ano foram transportados 1.254 pessoas, 111 delas para
Londrina, 155 para Curitiba e 980 para Santo Antônio da Platina e Jacarezinho.
Integração
O
G6 aguarda a liberação de recursos estaduais para a aquisição de veículos para
o transporte de pacientes para centros médicos localizados em Curitiba,
contratação de motoristas e de casas de apoio. Isso possibilitaria que esses
municípios gerenciassem o serviço de forma integrada. O projeto foi aprovado
pela secretaria estadual de Saúde e a verba para a implantação inserida no
Orçamento Geral do Estado.
Denominado
“Linha Saúde”, o projeto fará com que os seis municípios economizem recursos.
Os veículos já foram licitados pelo governo estadual, que garantiu uma verba de
custeio mensal de R$ 20 mil; e outros R$ 520 mil serão utilizados para a compra
de ônibus de 48 lugares, uma van para 16 lugares e um carro.
Segundo
o diretor-executivo do G6, Rômulo Ribeiro Santana, os pacientes terão um meio
de transporte mais confortável e com menos risco de acidentes. E ele explica
que a casa de apoio em Curitiba abrigará pessoas que chegam logo pela manhã,
após uma madrugada inteira de viagem. “A grande maioria desses usuários é idosa
ou criança. Esta casa deverá contar com café da manhã e almoço, disponibilizando
ainda uma estrutura básica com geladeira, fogão, cama beliches, sofás,
televisor e banheiros”, descreveu.
FONTE: Vitor Ogawa – Jornal Folha de
Londrina
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