Responsáveis por vistorias, bombeiros trabalham em prédio condenado


A tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria (RS) completou um mês esta semana e a fiscalização para liberação de alvarás pelo Corpo de Bombeiros foi intensificada em todo o país. Em Santo Antônio da Platina, porém, ocorre uma situação inusitada: a própria sede da corporação funciona de forma improvisada há oito meses.
Parte do prédio sofreu rachaduras depois de uma forte chuva em junho do ano passado. O setor do 193 (emergência) funciona no mesmo espaço do refeitório e o atendimento ao público ficou limitado à uma pequena sala nos fundos. As partes administrativa e operacional se misturam e o esforço para manter a organização é grande. Com a entrada principal fechada, a população têm que utilizar o portão lateral. Diante do contrassenso, fica a pergunta: quem fiscaliza os fiscalizadores?
O comandante do Posto Avançado, tenente Jefferson Gregório, se reúne hoje com o prefeito Pedro Claro de Oliveira Neto (DEM) para tratar do assunto. Segundo Gregório, o diálogo com a prefeitura é bom e ele espera que as negociações sejam produtivas na indicação de um terreno para a construção de uma nova sede. Porém, ele adiantou que o processo é demorado – escolha de terreno, estudos de engenharia – e que cogita o início da construção para o ano que vem.
“É complicado trabalhar de forma precária, porém estamos empenhados em resolver o problema”, garantiu. Ele explicou que, nestes casos, o terreno será doado pelo município e a verba para construção é de responsabilidade do governo estadual. Sobre o porte da obra, Gregório aponta que pode ser usado o mesmo modelo do construído em Jacarezinho, porém ele estuda a adoção de projetos similiares ao de São Mateus do Sul. “Vai depender do tamanho do terreno, por isso é importante que o local fique decidido o quanto antes”.
De acordo com explicações de engenheiros da prefeitura, a reforma do prédio - assim como o vizinho da Emater, que também foi afetado - não é considerada viável, pois as construções antigas têm o alicerce feito de grandes blocos de pedras. Com a chuva, a estrutura cede, o que causa as rachaduras.
Gregório explicou que além dos atendimentos de emergência em acidentes de trânsito, incêndios e outras situações de risco, como a vistoria das condições de segurança de prédios, a unidade faz análise de projetos, serviço voltado principalmente aos comerciantes da cidade que não precisam se deslocar para outras cidades.

TEXTO: Celso Felizardo
FOTO: Luiz Guilherme Brandani
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