Se
em todas as cidades da região, ginásio de esportes é sinônimo de futsal, vôlei
ou basquete, em Santo
Antônio da Platina, o espaço - praticamente abandonado - é
mais utilizado para reuniões noturnas de jovens que abusam de bebida alcoólica
e do volume dos sons automotivos. O prédio do `Henrique Schmidt´ sofre com a
ação do vandalismo.
Vidros
quebrados, portas de ferro retorcidas. Os vestígios são evidentes. A quantidade
de garrafas quebradas espalhada pelo estacionamento – principalmente de vodca
barata - impressiona. Com a proximidade da 41ª Exposição e Feira Agropecuária
do Norte Pioneiro (Efapi), que começa na quarta-feira, as cicatrizes na
imponente estrutura serão, inevitavelmente, um dos cartões postais rasurados do
município.
Outro
problema que chama a atenção é uma grande erosão na lateral do prédio. A chuva
já levou boa parte da terra que sustenta a calçada morro abaixo, em direção à
rodovia BR-153, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo
moradores do Jardim Santa Crescência, a cada chuva, o buraco aumenta ainda
mais.
O
diretor municipal de Esportes, Jefferson Wronski, relatou que a equipe de
engenharia da prefeitura trabalha em um projeto para a recuperação do prédio.
Segundo ele, a intenção é isolar a área com muros e alambrados, porém a medida
prejudicaria alunos da Faculdade do Norte Pioneiro (Fanorpi) que utilizam o
espaço como estacionamento. “Vamos nos reunir para estudar a melhor solução
para coibir o vandalismo e manter a acessibilidade.
Na
tarde de ontem, a equipe de reportagem encontrou o portão do ginásio fechado
com um cadeado. Pelos buracos nos vidros estilhaçados, pode-se notar que o
estado geral da manutenção interna está em boas condições, com exceção dos
banheiros que estavam sujos e com luzes acesas. Porém, o problema maior é na
área externa. “Não temos zelador, por falta de pessoal, então combinamos com as
varredeiras uma limpeza mensal”, contou o diretor.
A
localização do Ginásio de Esportes Henrique Schmidt, inaugurado nos anos 1980,
distante 2,5
quilômetros do centro, dificulta o acesso para o público
alvo: alunos do ensino médio e fundamental. Com esta restrição, a quadra acaba
sendo mais usada para recreação de colegas de empresa. “Hoje, pelo perigo da
travessia da pista e pela distância, é muito mais viável promover os treinos e
eventos esportivos na Upe Clube de Campo. Com certeza na época que foi criado
tinha terrenos mais próximos na área central”, condenou.
Dengue
Uma
grande quantidade de lixo foi deixada nos fundos do ginásio. Copos
descartáveis, garrafas pet e até seringas com ampolas de medicamentos veterinários.
Apesar de grande parte do lixo estar recolhida em sacos grandes, as embalagens
estão expostas ao tempo, favorecendo a proliferação do Aedes aegypti, o
mosquito da dengue. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, a
região do Parque de Exposições é uma das mais críticas da cidade.
FONTE: Celso Felizardo – Tribuna do
Vale
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