Quem passa pelo centro de Wenceslau Braz pode notar facilmente um
fato que se repete com uma freqüência impressionante: o tráfego de veículos
pesados. Caminhões e carretas circulam pelas vias do centro da cidade,
prejudicando o trânsito (que deveria ser apenas local) e deteriorando o asfalto
(que também foi feito para suportar o trânsito local). Claro que esse tráfego
pesado dentro da cidade incomoda moradores e consequentemente deve sofrer
restrições por parte do Poder Executivo local.
A via mais prejudicada por esse trânsito é a rua Barão do Rio
Branco, que é parte da rota que liga a PR-092 à PR-151, usando o centro da
cidade como trajeto. Os veículos que vêem da 092 geralmente entram na cidade
por essa rua, cruzam o centro e depois acessam a avenida Presidente Vargas,
onde terão acesso à 151.
Os efeitos desse tráfego contínuo de veículos são, além de lentidão no trânsito, especialmente da rua Barão do Rio Branco, buracos e desníveis no asfalto, o que obriga a prefeitura a realizar constantes reparos nas vias em questão.
Os efeitos desse tráfego contínuo de veículos são, além de lentidão no trânsito, especialmente da rua Barão do Rio Branco, buracos e desníveis no asfalto, o que obriga a prefeitura a realizar constantes reparos nas vias em questão.
O próprio prefeito de Wenceslau Braz, Atahyde Ferreira dos Santos,
o Taidinho (PSD) reclamou do trânsito pesado no centro da cidade durante a
última sessão da câmara de vereadores. “Está complicada essa situação dos
caminhões no centro. Além de atrapalhar o trânsito, incomoda o comércio e os
moradores”, afirmou na ocasião. Para o prefeito, a solução está em readequar o
desvio que liga a PR-092 à PR-151 praticamente por fora da cidade, tendo apenas
duas ruas da vila Toyok no trajeto. “O desvio é responsabilidade do governado
do Estado, mas está em más condições, então também é injusto obrigar os
caminhoneiros a passarem por lá. O que faremos é arrumar o desvio com recursos
próprios para aí sim cobrar, em parceria com a Polícia Militar, que os
caminhões circulem por lá e desafoguem o centro da cidade”. O trecho de
aproximadamente 4 km,
porém, é de terra e não costuma “atrair” os caminhoneiros, que preferem
continuar cruzando o centro da cidade.
Para o aposentado Adelino da Cruz o número excessivo de caminhões,
além de atrapalhar o trânsito, acaba sendo perigoso. “As ruas não são largas a
ponto de comportar carretas. Não dá, não tem espaço para todo mundo, só que os
caminhões são grandes e se impõe. Agora eu pergunto, quem mora aqui como faz?
Tem umas duas ruas do centro que eu até evito porque tenho medo, acho perigoso.
Já aconteceram acidentes envolvendo caminhões e carretas e vão continuar
acontecendo”.
Já para João Alexandre, dono de um lava rápido no centro da cidade
o fluxo intenso de veículos pesados também atrapalha para quem mora na região.
“Eu, por exemplo, que moro no mesmo lugar onde funciona meu negócio, vejo que é
dia e noite passando caminhão por aqui, não tem horário. Tem dia que pra dormir
é triste, o barulho é muito grande”, reclama. “Outro dia um caminhão derrubou
um fio de energia, ficou gente sem luz, precisaram interditar a rua, aquela
coisa toda, é complicado”, completa.
FONTE:
Texto – Lucas Aleixo / Jornal
Folha extra
Foto – Willian Nunes
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