O
prefeito de Cambará, João Mattar, afirmou, em seu gabinete, que vai ajustar a
situação, mas disse que não vai agir na irregularidade. Na presença de Waldir
Braga de Faria, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal e de
sua advogada, Renata Coelho Batista, e cerca de quinze funcionários, o prefeito
debateu o assunto e disse que é de seu interesse a agilidade para se resolver a
questão.
O
prefeito disse, ainda, que pretende levar o projeto à Câmara Municipal, este
mês, para que seja aprovado pelos vereadores e que, já em março, os servidores
tenham suas remunerações adequadas a cada função. Para Waldir Faria, presidente
do Sindiserv, o prazo parece curto, tendo em vista o grau de complexidade e
também por causa das festividades do Carnaval. Ele alegou que entende que os
servidores estavam em situação irregular, no entanto, o corte brusco das
gratificações gerou muitos problemas para as famílias dos trabalhadores.
“Quero
que vocês fiquem cientes de que estou fazendo o meu melhor para resolver este
problema” comentou o prefeito. O impasse foi instalado desde o final do ano
passado quando os servidores deixaram de receber as horas extras do governo
anterior. De acordo com o prefeito, isto aconteceu porque é ilegal.
Os
servidores têm dificuldades de entendimento do caso, por que a situação perdura
por mais de vinte anos e somente agora veio à tona. João Mattar explicou que
isto está irregular. “Não pode um motorista receber setecentos reais na carteira
e o restante como compensação salarial, porque quando ele se aposentar ou em
caso de morte, a família receberá o beneficio de acordo com o que está na
carteira, ou seja, setecentos reais. Isto é justo?” questionou o prefeito.
Para
Renata Coelho, advogada dos servidores, a medida é justa, porém, os
trabalhadores não podem esperar muito tempo. João Mattar acionou sua equipe e
pediu agilidade na elaboração do projeto e exigiu que esteja pronto o mais
rápido possível.
O
prefeito afirmou que até os vereadores de oposição sabem da necessidade de se
ajustar a questão e acredita que o projeto seja aprovado por unanimidade. “Estão
aqui os vereadores Rogério Lima (DEM), Claudinei Tironi (PT) Walcir Joaquim
(PSDB), Rogério Frutuoso (PSL) e João Antonio Tinelli (PSDB), todos são a favor
de se aprovar o projeto” ponderou o prefeito.
João
alega que o pagamento das horas extras dos servidores públicos municipais está
suspenso por recomendação do Ministério Público (veja anexo ao lado), até que
tudo seja apurado juridicamente. Isto aconteceu por que grande parcela dos
servidores recebia horas extras além do permitido por lei que são 50 horas
mensais.
“Gente,
tinha funcionário recebendo mais de 240 horas por mês. Há casos de funcionário
afastado por causa de doença que está recebendo horas extras. Como
justificar isto para a justiça? Sou de acordo de ajustar este salário, mas não
vou agir na irregularidade, não vou enganar vocês (trabalhadores). Funcionário
da prefeitura terá uma remuneração decente para poder ter a garantia de se
aposentar decentemente, de poder dar tranqüilidade para suas famílias” declarou
João Mattar. “Acabou a farra” emendou o prefeito, “vamos atuar dentro da lei e
a lei não permite falcatruas” completou o prefeito.
FONTE: Circulando.aqui
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