O Corpo de Bombeiros de Jacarezinho recebe em média
por dia, cerca de 20 ligações com pedidos de ajuda e dúvidas sobre os serviços
prestados para a população. Destas ligações, segundo levantamento do comando,
cerca de 40% são trotes, ou seja, ligações de crianças e até adultos que
utilizam o serviço de emergência como forma de brincadeira.
Para o comandante da unidade, tenente Angelino José
de Siqueira, os trotes prejudicam todo o serviço. “Muitas vezes é possível
identificar os trotes, pois as pessoas passam informações desconexas, ou apenas
fazem algum barulho ao telefone. Contudo, há casos onde é preciso deslocar
viaturas para o local indicado. No entanto, quando a guarnição de serviço chega
no local da ocorrência, há a comprovação de que tratava-se de um trote”,
explicou. Segundo o Ten. Angelino, nestes casos, além de haver o desgaste dos
veículos e dos membros da corporação, há o risco de no mesmo momento, haver um
acidente com as viaturas ou até acontecer uma ocorrência real que precise da
intervenção das equipes.
O tenente explicou que em casos quando os autores dos
trotes são identificados, a Polícia Militar é acionada para deter e encaminhar
o autor até a delegacia, pois passar trote em serviços de emergência é crime.
De acordo com a lei 17.107/12 aprovada pela Assembleia do Paraná e sancionada
pelo governador Beto Richa, ficou estabelecida a punição para quem passar trote
telefônico para serviços públicos de emergência.
A proposta estabelece uma multa de R$ 135,78, pela
prática de uma falsa chamada. O valor deverá ser pago pelo responsável pelo
número telefônico que fez o acionamento indevido para remoções médicas,
resgates, combate a incêndios, ocorrências policiais ou atendimento a
desastres, sendo que o reincidente sofre outras penalidades. Já as operadoras
de telefonia terão prazo de 30 dias para identificar os números usados e
fornecer informações aos órgãos policiais, sob pena de pagarem multas de 20
UPFs/PR ou R$ 1.357,80 em valores atualizados.
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