Transito do Norte Pioneiro já está mais feminino

Do adeus ao espartilho à conquista do direito ao voto, em 1932, muita coisa mudou. As mulheres já superam o número de trabalhadores do sexo masculino em muitas organizações e é cada vez mais comum ver cargos de chefia em mãos femininas. As conquistas pessoais e profissionais obtidas ao longo do tempo refletem também no trânsito em várias cidades do Norte Pioneiro.
Para Fernanda da Silva, 23 anos, a aprendizagem na direção foi por vontade e também necessidade, sendo uma tarefa fácil. “Meus amigos e familiares sempre me incentivaram a tirar a carteira de motorista e praticar. Também precisava para poder ir à faculdade”, analisa Fernanda.
Por séculos o homem assumiu o papel de provedor da família, saindo de casa a procura de renda, enquanto à mulher cabiam as tarefas domésticas. O cenário mudou com o acúmulo de tarefas, como levar os filhos à escola, ir ao supermercado e também trabalhar para auxiliar no sustento da casa. “Levo diariamente meus filhos ao colégio, além de trabalhar em um escritório”, enfatiza Renata de Souza.
Outra motorista que começou a dirigir devido à necessidade é Maria José de Oliveira. “Uma mulher que não dirige se torna dependente. Aprendi para levar as filhas à escola e também trabalhar”, complementa.
Uma vez nas ruas, as motoristas tiveram que enfrentar um cenário hostil, onde a comparação sobre quem dirige melhor e as piadas eram freqüentes. “Quando comecei a dirigir enfrentei vários preconceitos, mas nunca levei nenhuma multa e sempre tenho atenção redobrada a cada movimento”, argumenta Jéssica .
A praticidade e a cautela são características principais das motoristas, enquanto a autofirmação e competitividade dos motoristas. Isto demonstra que é mais comum a participação de homens em rachas e escolha por veículos mais potente para se firmar perante o grupo.
Para Marli Aparecida Perin as brincadeiras de mau gosto dos homens é algo que sempre continuará. “É comum passar por um local e ouvir eles dizendo mulher no volante perigo constante. Mas se analisar as mulheres são mais cuidadosas e seguem as sinalizações do trânsito”, explica Marli.
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