Depois de uma experiência ruim no futebol brasileiro, o zagueiro paranaense, natural de Cambará, Emilson Cribari reencontrou o prazer de jogar. Foi em um dos clubes mais tradicionais da Europa que, a exemplo do cambaraense radicado em Londrina, precisa se levantar. Há quatro meses, o defensor é um dos destaques do Rangers, maior vencedor de campeonatos nacionais do mundo, mas que disputa a Quarta Divisão na Escócia como punição por ter mantido dividas na temporada passada.
Aos 32 anos, o jogador afirma ter se reencontrado e já projeta um futuro longo no Reino Unido. A FOLHA foi conferir de perto essa redenção tanto do clube como dele. Único brasileiro do time, ele é um muito bem tratado pelos escoceses no belo Centro de Treinamentos de Murray Park.
"Até agora, minha volta à Europa está sendo melhor do que eu esperava. O que eu precisava era demonstrar para mim mesmo que poderia seguir minha carreira e encontrei aqui uma estrutura e confiança do treinador e de todo o ambiente. Era o que eu precisava nesse momento", contou Cribari.
Depois de 13 anos atuando na Itália, o jogador decidiu experimentar o futebol brasileiro em 2011. Trocou o Napoli pelo Cruzeiro em um momento conturbado do time mineiro, com mudança no comando diretivo, renovação de elenco e trocas de treinadores. Jogou apenas cinco jogos. Decidiu, então, regressar ao Velho Continente e encarar o projeto do Rangers.
Na disputa da Quarta Divisão local, o time de Glasgow sobra diante dos pequenos adversários. Além da diferença técnica, existe ainda o desnível estrutural de um grande clube para os nanicos. "Nos últimos dez anos sempre joguei em nível alto de competição. Aqui, quando jogamos em casa, a sensação que tenho é de não estar jogando a Quarta Divisão, porque é sempre 40, 50 mil pessoas no estádio. Agora, fora de casa é uma realidade completamente diferente. Mas eu assumi esse desafio junto com o clube. É um ano de sacrifício e estou me sacrificando para poder voltar a níveis mais altos em breve", declarou.
O tradicional Ibrox Stadium, casa dos Rangers, recebe quase sempre lotação máxima nas partidas da equipe. Além disso, o gramado é excelente, tanto em condições físicas como em dimensões. Já quando os jogos são na casa do adversário, não é nada difícil encontrar estádios acanhados, com gramados pequenos, apertados, próprios para equipes que apostam na força física para conseguir os resultados.
"Quando se fala em quarta divisão na Escócia, é um nível técnico diferente do que eu estava acostumado. Muita força física, correria, menos tática e técnica. Mas os clubes são muito mais organizados do que eu mesmo imaginava", apontou Cribari.
FONTE: Folha de Londrina
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