A estrutura do Centro de Treinamento (CT) da Sociedade Esportiva Matsubara, inaugurada com pompas em 1980, como a melhor do Estado - de causar inveja até mesmo à dupla curitibana Atletiba - começou a ser demolida em Cambará. Com o declínio do clube, os prédios dos dormitórios, que já chegaram a abrigar 120 atletas, estão destelhados, alguns sem portas nem janelas. A área de 2,5 mil metros quadrados que conta com três campos de treinamento dará lugar a um loteamento da Família Matsubara.
Sueo Matsubara, presidente fundador do alviverde de Cambará em 1974, evitou falar sobre o fim do CT e disse apenas que o time está de licença temporária de um ano na Federação Paranaense de Futebol, mas garantiu que já está montando uma equipe para disputar a Terceira Divisão do Paranaense no ano que vem. Atualmente, o clube que nasceu na empresa de algodão da família Matsubara não tem atletas nem equipe inscrita em nenhuma categoria. William Matsubara, sobrinho de Sueo, adiantou que a estrutura será reduzida, mas não soube afirmar se continuará na mesma região, próxima ao Estádio Regional de Cambará, construído pela torcida em 1980 (leia mais nesta página).
O Matsubara foi pioneiro no Estado na construção do Centro de Treinamento, conhecido como Vila Olímpica. De lá despontaram craques como Toninho Carlos, Evandro, Mário Sérgio, Tico, Ratinho e Jean Carlos, todos com passagem pelas seleções de base do Brasil. “Na época que tinha dinheiro, isso aqui era uma fábrica de revelar talentos”, contou William.
O Matsubara foi pioneiro no Estado na construção do Centro de Treinamento, conhecido como Vila Olímpica. De lá despontaram craques como Toninho Carlos, Evandro, Mário Sérgio, Tico, Ratinho e Jean Carlos, todos com passagem pelas seleções de base do Brasil. “Na época que tinha dinheiro, isso aqui era uma fábrica de revelar talentos”, contou William.
O retorno do investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão foi imediato. O clube foi campeão estadual de juniores sete vezes (1981, 1982, 1983, 1985, 1986, 1987 e 1988), e vice em outras três temporadas. O Atlético Paranaense, por exemplo, conquistou apenas uma vez. “Aquele time era uma máquina que vencia todo mundo, dava gosto de ver”, lembrou em tom nostálgico o locutor esportivo de Cambará, Dito Marins.
Além de proporcionar melhores condições para os atletas, o treinamento no CT preservava o gramado do estádio, destinado apenas para jogos. Somente depois de 15 anos, em 1995, times da capital como Coritiba e Atlético Paranaense despertaram para a importância do investimento para a formação de “pratas da casa”. O Coritiba inaugurou seu CT em 1997, com cinco campos, vestiários, alojamento, sala de musculação, piscina e departamento médico. O CT do Caju, do Atlético, é apontado como um dos mais modernos do Brasil, com heliporto, oito campos, ginásio e piscina.
FONTE: Tribuna do Vale
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