Escultor jacarezinhense ainda é desconhecido

Perguntar em Jacarezinho por “José Joaquim Alves de Almeida, o Quincajú” pode ser uma resposta difícil para muitos moradores. Pode-se contar nos dedos quem já ouviu falar neste artista plástico que ficou conhecido mundialmente e que morreu em 2001.
Ele nasceu na cidade paulista de Paranapanema em 1909. E veio já adulto para Jacarezinho, onde teve quatro filhos (José Alcindo, Marcos, Jonas e Cacilda) com Maria Alves de Almeida. Contador por profissão, com quase 50 anos, descobriu seu talento como escultor, realizando suas primeiras obras em 1964, utilizando cabos de vassouras.
 Em pesquisa ao site histórico do município produzido por Celso Antônio Rossi (http://jacarezinho.nafoto.net), é destacado que Quincajú era um homem simples e culto, mas muito singular. “Apaixonado por Jacarezinho sempre que alguma personalidade visitava esta cidade, ele fazia questão de homenageá-la dando de presente uma de suas obras”, trecho destacado do site.
O jacarezinhense Glauber Soria Lameu conheceu o artista alguns anos antes dele falecer em uma mostra de artes no Colégio Estadual Rui Barbosa. “Ele deu um exemplo de como esculpir no lápis, mostrando como é simples fazer arte. Pegou um estilete feito com tubo de caneta e no meu lápis fez a face de um homem. Na época pratiquei e aprimorei, só que há muito tempo que não faço mais”, argumenta.
Quincajú realizou muitas exposições e tornou seu trabalho conhecido por muita gente, transformando-se em referência na cidade. Recebeu inúmeras homenagens, porém a mais significativa, em entrevista enquanto estava vivo, foi ser agraciado com o título de Cidadão Honorário de Jacarezinho no ano de 1998.
O funcionário da Câmara de Vereadores, Amauri Ferreira da Fonseca conheceu os trabalhos de Joaquim Almeida através de uma exposição que ele realizou no Poder Legislativo alguns anos atrás. “Eram esculturas muito bem desenhada e muito interessante”, comenta Amauri.
Algumas de suas obras estão em acervos de museus de Londrina, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Além de também estar no exterior, como na Alemanha, Estados Unidos, França, Paraguai, Espanha, Portugal e Israel. Em suas mãos, um palito de fósforo transformava-se em uma obra de arte.

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