Artista plástico explica simbologia da arte do Soletras

Cores vibrantes, formas delicadas e traços poéticos. Uma mulher e um livro, Péricles, uma sereia e um menino. A decodificação das várias temáticas abordadas pelo Seminário de Iniciação Científica: Estudos Linguísticos e Literários ganharam forma pelas mãos do artista plástico de Cornélio Procópio, Edson Godinho. O artista, idealizador da programação imagética do SóLetras 2012,  falou sobre a produção do material para o Centro de Letras, Comunicação e Artes (CLCA), da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Jacarezinho, durante mesa redonda realizada na quarta-feira, 12.  Godinho, que é bacharel em artes visuais e multimídia, especialista em moda e comunicação, tem a vida profissional focada no cinema, produção e direção de arte para televisão, eventos, teatro, vídeos comerciais, moda, dentre outras atividades relacionadas à arte. Durante a fala no SóLetras, ele explicou a simbologia de cada imagem representada graficamente no folder do evento. Ele destacou que “O desenho de uma mulher lendo um livro traz na capa a árvore da vida, uma simbologia que percorre muitas crenças e apresenta uma dualidade, tanto bem como mal, por isso justifica nosso surgimento e nosso fim”.
O artista explicou ainda sobre o desenho que fez lembrando a imagem de Péricles, célebre estadista da Grécia Antiga, numa alusão ao pensamento filosófica, à sabedoria milenar que ainda encontra espaço na sociedade atual. Do registro da imagem de uma sereia no material, diz: “Está no consciente e subconsciente imaginário mitológico mundial”. Sobre o último desenho, de um menino com longos cabelos, maquiagem, batom, rímel e outros adereços, destacou: “Esta imagem brinca com a dualidade do ser, presente todo tempo no teatro grego, uma vez que apenas os homens podiam encenar; porque as mulheres não tinham envolvimento em quaisquer dos eventos sociais”.
O artista que também já produziu material artístico para outros eventos da UENP como para o EnCena, Semana de Cultura da Direito, de Jacarezinho, e Semana de Cultura do campus de Cornélio Procópio, argumentou que, para o SóLetras, os desenhos foram relacionados com as coisas que estava pensando no momento da criação, como “Com a questão política do País, com que as pessoas estão consumindo. Com o preconceito racial, sexual, o dos gêneros e os outros tantos que povoam nosso pensamento”. 

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