Sinal de progresso no município e que as coisas caminhavam bem antigamente, hoje as Estações Ferroviárias espalhadas pelo Norte Pioneiro estão esquecidas, até mesmo pela população. Algumas décadas atrás era caminho obrigatório para centenas de pessoas que queriam sair do município, indo pela linha de trem que saia da região e ia para as principais cidades. Hoje é apenas um prédio abandonado, que se torna ‘abrigo’ de vândalos que continuam depredando e usando o local como ponto de consumo de drogas.
Tombada pelo patrimônio histórico há cerca de dez anos, os traços históricos do local vem se perdendo com o tempo. A América Latina Logística (ALL) foi condenada pelo Ministério Público Federal a restaurar as estradas de ferro da região bem como as estações, mas as obras até o momento não tiveram início.
No início de 2007 a Justiça Federal intimou a empresa, depois que não foi cumprida a sentença dada em dezembro de 2006. Ela deveria recuperar quatro estações de trem do ramal ferroviário que vai de Marques dos Reis até Jaguariaíva. Além de descumprir a resolução, a ALL não pagou a multa de R$ 50 mil por dia de atraso para o início das obras.
Um lutador
O famoso João Cowboy queria restaurar as antigas instalações das estações para a venda de artesanato e outros produtos, além de viagens de trens para as cidades do Norte Pioneiro. Foi uma grande perda a morte dele.
Em 2008, havia duas casas na antiga vila dos trabalhadores da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em Jacarezinho ocupada por moradores que guardavam livros, revistas com mais de trinta anos. Mas a Justiça Federal determinou a saída destas pessoas, com isto os vândalos levaram uma rica fonte de informações para estudantes e a população em geral sobre a história do município em relação aos trilhos do trem.
Inaugurada em 1930, a estação foi construída para suprir a necessidade de transportar a produção paranaense de café, na época a quinta maior do Brasil. Historicamente definiram a região como o “Paraíso da Terra Roxa”. A produção agrícola do Norte Pioneiro tanto para os centros consumidores paranaenses como para a exportação, via porto de Paranaguá, se tornou imprescindível.
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