Fazenda da região recebe certificação Global G3

O deputado federal Abelardo Lupion (Democratas) comemora o resultado do intenso trabalho de melhoramento genético e de gestão ambiental desenvolvidos desde 2008, e que acabam de ser coroados com a obtenção da certificação Global G3 pela Fazenda Santa Rita (Nelore Beka), de sua propriedade. O selo G3 é outorgado pela Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores (ANCP), sediada em Ribeirão Preto (SP), e tem por finalidade incentivar os pecuaristas a exercerem boas práticas na atividade, como a coleta precisa de dados, a evolução econômica do rebanho e a valorização do meio ambiente.
De acordo com o certificado conquistado no mês de abril pela Fazenda Nelore Beka, a propriedade tem potencial para estocar 18,3 mil toneladas de CO2 (sequestro de Carbono) em seus 102,9 hectares de matas preservadas (Reserva Legal) e 22,01 hectares de áreas de preservação permanente (APPs). Do total de carbono sequestrado na atmosfera, 491 toneladas referem-se à evolução genética do rebanho bovino, o que reduz consideravelmente o tempo de permanência dos animais no pasto até a engorda e abate.
O Brasil possui 5,2 milhões de propriedades rurais, das quais 148 mil dedicam-se à Pecuária no estado Paraná. “Apenas 442 propriedades estão ativas no programa de avaliação, e destas, 54 estão certificadas no nível G3 pela ANCP. É com orgulho que anunciamos ser, uma delas, a Fazenda Santa Rita”, festeja o deputado Lupion, um dos líderes da bancada ruralista no Congresso Nacional.
A certificação Global G é divida por categorias - G1, G2 e G3 - e já contemplou cerca de 400 fazendas em todo o Brasil em ao menos uma delas. A Nelore Beka cumpriu os requisitos para receber as três versões do selo, feito conquistado por um grupo ainda mais seleto de produtores, faltando apenas cumprir o prazo de quatro anos para a certificação G2 - o que ocorrerá até o final deste ano. “Isso comprova que estamos fazendo um trabalho extremamente técnico, cuidadoso não apenas com a qualidade genética dos animais, mas com respeito ao meio ambiente. Este é um dos momentos mais felizes de minha vida”, destaca o deputado pecuarista, que não esconde sua paixão pelos animais da raça Nelore.
A Fazenda Santa Rita (Nelore Beka) também integra os programas de melhoramento genético da Embrapa (Geneplus) e da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ).
Metas ambiciosas
O pecuarista Abelardo Lupion iniciou em 2008 o processo de excelência genética de seu rebanho bovino e tem como meta produzir animais precoces, que atinjam 18 arrobas de peso em 18 meses de vida (540 kg do animal em pé). Além do retorno econômico mais rápido, a precocidade ajuda a diminuir os impactos ambientais, já que o gado consome água e elimina gases durante a ruminação dos alimentos.
Para obter esse elevado nível de produtividade, cada animal tem sua vida acompanhada desde antes do nascimento. As informações são repassadas à ANCP a cada trimestre e auditadas por técnicos, na propriedade, duas vezes ao ano.
“Estamos dando um grande passo no sentido de proteção da Natureza, de preservação do meio ambiente e da melhoria da renda dos produtores”, compara Lupion. Segundo explicou, esse é o foco principal da ANCP este ano - o G3 - cujos indicadores vão revelar que a pecuária nacional contribui efetivamente para um ambiente sustentável.
Tecnologia de ponta
Na Fazenda Nelore Beka é desenvolvido um moderno sistema de reprodução. Utilizando técnicas e equipamentos especiais, é coletado o sêmen dos animais machos e também os óvulos (oócitos) das fêmeas para posterior fecundação em laboratório. Os embriões produzidos são implantados em vacas comuns, as chamadas receptoras (barrigas de aluguel). Com isso, as melhores características genéticas dos doadores são transplantadas para animais rústicos, que dão vida a animais puros. Graças a essas modernas técnicas, é possível que uma vaca Pura de Origem (PO) produza vários bezerros por ano, dependendo de sua fertilidade e da qualidade dos óvulos.
Segundo Lupion, na Nelore Beka há treze animais POI (Indianos) – cinco machos e oito fêmeas -, frutos de embriões importados diretamente da Índia e nascidos no Brasil. Um dos animais (touro Avanyndra) foi capaz de produzir sêmen aos 14 meses de idade, enquanto a média nacional gira em torno de 17 a 18 meses. A Fazenda tem 122 prenhezes desse animal em gestação nas suas matrizes e 240 vacas PO (Puras de Origem) inseminadas por ele.

FONTE: ASSESSORIA
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