Uma empresa do ramo de estofados de Ourinhos/SP esteve em Jacarezinho, onde realizou no Salão Paroquial da Catedral Diocesana Imaculada Conceição na semana do dia das mães um “feirão de sofás”. A Associação Comercial e Empresarial de Jacarezinho (ACIJA) e os empresários do ramo na cidade ficaram insatisfeitos com a exploração do comércio local, especialmente nas proximidades de uma data de aumento das vendas.
Após reclamações de empresários do ramo de estofados, a ACIJA procurou os órgãos responsáveis pela fiscalização para denunciar a venda e instalação de um feirão de sofás pela empresa ourinhense na cidade. Para o presidente da associação, Marcelo Oliveira, o evento prejudicou o comércio local e não houve meios legais para proibir a realização.
“Entrei em contato com a prefeitura. Entrei em contato com a Receita Estadual, para que tomassem uma providencia para ver se tinha alvará de funcionamento. A receita diz que foi verificar e eles (empresa) só tinham uma nota de transferência e não teria como colocar funcionários para permanecer no local e verificar se estavam emitindo a nota fiscal”, explicou Oliveira.
Segundo ele, depois de conversar com a responsável pela Secretaria de Indústria e Comércio da Prefeitura, Nádia Jaqueline Cussolin, os fiscais foram até o local, mas explicaram que pelo fato do evento ser em local privado não teria como impedir o acontecimento. “O fiscal exigiu que a empresa recolhesse o alvará e por ser em local privado não teríamos como proibir. Quando é ambulante, tem uma taxa. Se fosse em via pública poderíamos negar o alvará ou pedir para se retirar, mas particular não tem como”, explicou Nádia.
“A Associação Comercial fez o papel dela, no sentido de ir encima, junto a prefeitura e junto a receita, cobrar dos órgãos competentes que fizessem o serviço deles, mas nada foi feito. A empresa vendeu os sofás e deixou o comércio insatisfeito”, declarou Oliveira. “Iremos entrar em contato com a catedral para explicar que esses alugueis estão prejudicando o comércio local”, finalizou Oliveira.
Para o empresário e proprietário da PVG Móveis, Douglas Alexandre Villa, a liberação para as vendas de empresas de fora na cidade atrapalha todo o comércio. “Não só eu que fui prejudicado diretamente, pois trabalho com estofados, mas os outros comerciantes também, pois tem outros ambulantes que vem para a cidade com uma liberação muito fácil da prefeitura”, desabafou.
Villa garante que a concorrência com as empresas de fora da cidade é desleal. “Eles vem de fora, ficam ai dois, três dias, pagam o transporte, pega o dinheiro das vendas e leva embora. O alvará é muito baixo para eles, já para nós que pagamos anualmente todas as taxas, assim fica difícil. Precisava de uma fiscalização maior por parte da prefeitura, uma ajuda maior para os comerciantes”, cobrou.
FONTE: JDS Comunicação
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